GENTE QUE É PEOPLE: O SERVIÇO SOCIAL DO CHINFRIM

Meu amigo Luciano Huck me confessa que quando era pequeno, ele apenas, exceto o nariz, chorava ao ouvir a música Gente humilde. Em seguida, perguntava à sua mãe: isso quer dizer que quando eu crescer, eu apenas, exceto o nariz que já é adulto, eu poderei doar todo nosso dinheiro aos pobres e chorar de felicidade? Ao que a mãe respondia: não, meu filho, chore apenas, senão você não vai ter dinheiro para o Rolex. Desde então, Luciano Huck sempre que vê gente humilde chora, mas só chora, nada desse negócio de dar dinheiro, não, senão eles gastam tudo em cachaça. Ao secar as lágrimas e assoar o nariz no Cleanex importado, descartável obviamente, a sonoridade de tubas e trumpetes lembra A banda, também de Chico Buarque, o único sujeito no mundo além de Fidel que acredita em Cuba. Porém a vida nos ensina muita coisa quando não está revoltada com o salário medíocre e aparece pra dar aula. Pouca gente sabe que há um motivo real para a preocupação com o social: quando era jovem, Luciano sofreu muito também. "Sabem o que é dar um rolê de BMW conversível para pôr o braço para fora e exibir meu Rolex e ser rejeitado pelas gatas porque você tem nariz grande?" Não, Luciano, nós não sabemos, mas nem uma enxurrada engolindo o linha 174 lotado nos deixaria mais traumatizados.
Luciano sempre foi um empreendedor. Pouca gente sabe que um dia, ao ganhar seu primeiro carrinho de presente, um mercedinho de U$ 350 mil, básico, ele teve sua visão prejudicada pela cavidade nasal, mas ao se chocar com a traseira da Ferrari do pai, seu nariz evitou que ele se machucasse e tivesse que passar o dia inteiro com um band-aid. Ele havia inventado o air-bag, que posteriormente foi adaptado para loiras com o nome de implante de silicone.

Aqui, Luciano mostra outro perfil além do levemente anasalado, o altruísta, o social, o pé-na-cozinha, e lança o seu novo quadro

LATA NOVA

ANO NOVO DE BMW NA GARAGEM

mesmo sendo assalariado