Sim, a maior festa do mundo! Existe emoção maior do que passar doze horas numa arquibancada, a duas horas do banheiro, assistindo milhares de pessoas com fantasias que você tem a nítida impressão que são as mesmas do ano passado, sambas-enredo berrados, que você tem a nítida impressão que são os mesmos do ano passado, e aquelas madrinhas-de-bateria que você tem a nítida impressão que são as mesmas que você viu num catálogo de acompanhantes para executivos?
Existe sim, é você no conforto do seu lar estirado no sofá em frente a televisão cochilando e aturando locutor esportivo narrando bunda de mulata.
Mas pode ser ainda melhor!
Uma boa sugestão para este momento é: pegue uma taça de champanhe (se for daquelas de 1,99, anti-Sérgio Naya, não tem problema, que pobre é uma merda mesmo), encha de água (se for de torneira não tem problema, que pobre é vocacão mesmo). Jogue um tablete de Sonrisol e enquanto espuma, diga as palavras mágicas:
AH, ISSO É QUE É VIDA! CARNAVAL NO RIO, MULHERES E CHAMPANHE!
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